sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A VIDA - William Shakespeare


“Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar a alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Começas a aprender que beijos não são contratos nem presentes, não são promessas. Começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de nos pregar partidas”. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto tu te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... Aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.

Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que levam-se anos para construir confiança e segundos para destrui-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos foi permitida escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam. Percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa juntos, ou simplesmente nada, e terem bons momentos na mesma.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida nem sempre ficarão perto de ti.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser.
Descobres que leva-se muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.

Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde estás indo, e se não sabes para onde vais, qualquer lugar serve. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes, a pessoa que esperas que te ponteie quando cais, é uma das poucas que te ajudam a levantar-se. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos dela são tontices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que querias que te amasse, não significa que esse alguém não te ame com tudo o que pode. Não te esqueças que existirão sempre pessoas que gostam de nós, mas simplesmente não sabem como o demonstrar. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma leviandade com que julgas, serás também em algum momento assim julgado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprende que realmente podes suportar muito... Que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não consegues mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor perante a vida


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